OHIO – O consumo elevado de lenços desinfetantes devido à COVID-19, a demanda por produtos sem plástico por parte de governos e consumidores e o crescimento no uso de lenços industriais estão criando uma alta demanda por materiais não tecidos spunlace até 2026, de acordo com uma nova pesquisa da Smithers.
O relatório do veterano autor da Smithers, Phil Mango, O futuro dos não-tecidos spunlace até 2026, vê uma crescente demanda global por não-tecidos sustentáveis, dos quais o spunlace é um grande contribuidor.
O maior uso final para não-tecidos spunlace são, de longe, lenços umedecidos; o aumento no uso de lenços desinfetantes devido à pandemia aumentou ainda mais esse uso. Em 2021, os lenços umedecidos representaram 64,7% de todo o consumo de spunlace em toneladas. O consumo global de não-tecidos spunlace em 2021 foi de 1,6 milhão de toneladas ou 39,6 bilhões de m², avaliado em US$ 7,8 bilhões. As taxas de crescimento para 2021-26 são previstas em 9,1% (toneladas), 8,1% (m²) e 9,1% (US$), relata o estudo da Smithers. O tipo mais comum de spunlace é o spunlace padrão cartão-cartão, que em 2021 representa cerca de 76,0% de todo o volume de spunlace consumido.
Lenços umedecidos
Lenços umedecidos já são o principal uso final do spunlace, e o spunlace é o principal não tecido usado em lenços umedecidos. O esforço global para reduzir/eliminar plásticos em lenços umedecidos gerou diversas novas variantes de spunlace até 2021; isso continuará a manter o spunlace como o não tecido dominante para lenços umedecidos até 2026. Até 2026, a participação dos lenços no consumo de não tecidos spunlace aumentará para 65,6%.
O relatório também destaca como a COVID-19 tem sido um impulsionador de mercado intenso e de curto prazo, com seu principal efeito em 2020-21. A maioria dos produtos descartáveis contendo spunlace teve aumentos significativos na demanda devido à COVID-19 (por exemplo, lenços umedecidos desinfetantes) ou, pelo menos, uma demanda normal a ligeiramente maior (por exemplo, lenços umedecidos para bebês e componentes de higiene feminina).
A Mango observa ainda que os anos de 2020 e 2021 não são anos estáveis para o spunlace. A demanda está se recuperando de picos significativos em 2020 e no início de 2021, com uma "correção" no final de 2021 e 2022, retornando a taxas mais históricas. O ano de 2020 apresentou margens bem acima da margem média máxima de 25% para alguns produtos e regiões, enquanto o final de 2021 apresenta margens próximas à extremidade inferior da faixa, à medida que os usuários finais trabalham com estoques inflados. Os anos de 2022 a 2026 devem apresentar margens de retorno a taxas mais normais.
Horário da publicação: 26 de fevereiro de 2024